Antes de mais, apresento aqui um gráfico que demonstra a percentagem de projetos de arquitetura aprovados por tipo de autor em Ponte da Barca, no período entre Julho de 2009 e Julho de 2014.
Aos arquitetos, coube uma fatia de 16,5% dos projetos de arquitetura.
Não será hoje que faço um comentário sobre estes dados, que levantarão questões bastante interessantes numa próxima publicação.
Tanto o engenheiro civil como o arquiteto são técnicos especializados numa determinada ciência. Ao arquiteto, melhor do que a ninguém, cabe-lhe a organização do espaço. Ninguém é capaz de gerir e gerar espaço de qualidade como o arquiteto . Ao engenheiro cabe a concepção estrutural. Ninguém como o engenheiro civil domina as ferramentas necessárias para garantir a estabilidade, durabilidade e funcionalidade das estruturas.
Agora a questão é: o engenheiro pode organizar espaço? Sim, claro que pode. Todos nós somos capazes de arrumar o quarto, de mudar os sofás de sítio, de organizar uma horta com couves e batatas. Todos nós, pessoas comuns, somos um pouco arquitetos.
E coloca-se a questão inversa: o arquiteto pode conceber estruturas? Claro que pode. Todos nós somos capazes de montar legos, de empilhar lenha ou fazer uma casota para o cão que não caia. Todos nós somos também um pouco engenheiros.
A diferença entre o público em geral e estes técnicos especializados, engenheiros e arquitetos, é que os técnicos tem recursos que lhes permitem optimizar as soluções como mais ninguém.
Assim, temos que na teoria ninguém faz estruturas melhor que os engenheiros e ninguém organiza espaços melhor que os arquitetos.
Na prática a música é outra. Mas isso dava outra discussão.
Então afinal qual é melhor? O melhor mesmo é uma equipa a 3 entre cliente, arquiteto e engenheiro de modo a que todos os parametros do projeto sejam discutidos, estudados e fundamentados, de modo a conseguirem-se espaços agradáveis, úteis e estáveis.
Para licenciar qualquer construção na câmara faz falta projeto de arquitetura e de especialidades. Os projetos de arquitetura devem ser feitos por arquitetos e os projetos de especialidades (ou engenharia) devem ser feitos por engenheiros, ambos respeitando as intenções do cliente.
Termino com uma provocação: imaginemos que o gráfico que aqui mostro era relativo a cirurgias. Teríamos que apenas 16,5% das cirurgias realizadas foram realizadas por cirurgiões. Isto faz algum sentido no nível de desenvolvimento que proclamamos para Portugal?
Se concorda com este texto, convido-o a assinar a seguinte petição:
http://www.peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PELA-ARQUITECTURA
Agora a questão é: o engenheiro pode organizar espaço? Sim, claro que pode. Todos nós somos capazes de arrumar o quarto, de mudar os sofás de sítio, de organizar uma horta com couves e batatas. Todos nós, pessoas comuns, somos um pouco arquitetos.
E coloca-se a questão inversa: o arquiteto pode conceber estruturas? Claro que pode. Todos nós somos capazes de montar legos, de empilhar lenha ou fazer uma casota para o cão que não caia. Todos nós somos também um pouco engenheiros.
A diferença entre o público em geral e estes técnicos especializados, engenheiros e arquitetos, é que os técnicos tem recursos que lhes permitem optimizar as soluções como mais ninguém.
Assim, temos que na teoria ninguém faz estruturas melhor que os engenheiros e ninguém organiza espaços melhor que os arquitetos.
Na prática a música é outra. Mas isso dava outra discussão.
Então afinal qual é melhor? O melhor mesmo é uma equipa a 3 entre cliente, arquiteto e engenheiro de modo a que todos os parametros do projeto sejam discutidos, estudados e fundamentados, de modo a conseguirem-se espaços agradáveis, úteis e estáveis.
Para licenciar qualquer construção na câmara faz falta projeto de arquitetura e de especialidades. Os projetos de arquitetura devem ser feitos por arquitetos e os projetos de especialidades (ou engenharia) devem ser feitos por engenheiros, ambos respeitando as intenções do cliente.
Termino com uma provocação: imaginemos que o gráfico que aqui mostro era relativo a cirurgias. Teríamos que apenas 16,5% das cirurgias realizadas foram realizadas por cirurgiões. Isto faz algum sentido no nível de desenvolvimento que proclamamos para Portugal?
Se concorda com este texto, convido-o a assinar a seguinte petição:
http://www.peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PELA-ARQUITECTURA